quinta-feira, 28 de maio de 2009

Pra escutar encilhando


Reculutando a potrada Corro as varas da porteira No bate patas do campo Só ficam vultos e poeirasSão gritos de bamo cavalo, Toca, toca, êra êra...José Claudio Leite Machado, filho de Milton Ribeiro Machado e Dejanira Leite Machado, é natural de Tapes, onde nasceu, em 17 de outubro 1948, e cresceu, na rua 13 de maio. Tem três irmãs e um irmão. O pai tocava cavaquinho e o avô gaita de oito baixos. Ele começou a tocar baile aos 13 anos, primeiro no pandeiro depois na cordeona e violão. Participou do grupo Os Tapes, com quem venceu a Califórnia da Canção de Uruguaiana/RS, em 1972, com a música Pedro Guará. Em Porto Alegre/RS, freqüentou o Rodeio Curinga, a Adega Espanhola e o 35 CTG em lendárias penhas folclóricas, tendo por muito tempo como fiel companheiro Rafael Koller (Bandoneon). Cantava na Pulperia, quando em 1983 gravou seu primeiro disco: Recordando a Querência, com clássicos como Teatino, Pedro Guará e Potro sem Dono. É casado com Miriam Quadros, arquiteta funcionária da prefeitura de Guaíba/ RS, com quem reside na Fazenda Alto do Paraíso, de propriedade da família Quadros. Os irmãos de sua esposa são os ginetes Marcelo e Carlos Quadros, vencedores do Freio de Ouro e reconhecidos pelo trabalho com cavalos Crioulos. José Claudio gravou 14 discos, entre vinil e CDs, um deles em espanhol e um DVD. Agora, está produzindo um novo CD com canções inéditas, e certamente vem aí mais alguns sucessos como tantos perpetuados por sua interpretação campeira, entre eles Cantar Galponeiro, El Cardal, Poncho Molhado, La Invernada Hornero, Chasque pra Don Munhoz, Pelos etc. Zé Clau, como dizem alguns amigos, é a voz mais referencial dos que cultuam o gauchismo de raiz. Pra esse artista eu tiro o chapéu.